O senador Ricardo Ferraço (PMDB) diz que só o tempo dirá se ele será ou não candidato ao governo. Mas hoje parece difícil não vê-lo dessa forma. Numa conversa com a coluna, ele diz receber incentivos de lideranças de vários segmentos e até do vice-presidente da República, Michel Temer – cacique maior do PMDB. Admite que a tarefa de discutir o futuro do Estado o anima, e afirma estar sempre ponto para cumprir uma tarefa coletiva.
Avalia também ter um perfil de atuação no Executivo, apesar do desempenho no Senado. Considera que o momento do Estado é outro, e que a união de forças políticas em vigor desde 2003 já não é mais necessária. Por fim, resume sua situação da seguinte forma: “Diria que estou livre leve e solto para 2014”.
“Com a virada extraordinária que demos, com esse patrimônio consolidado, é natural que os partidos pensem em alternativas e propostas. Foi assim em 2010”, diz o senador, sobre a tese da unidade política para a reconstrução do Estado, construída no governo passado.
Avalia também ter um perfil de atuação no Executivo, apesar do desempenho no Senado. Considera que o momento do Estado é outro, e que a união de forças políticas em vigor desde 2003 já não é mais necessária. Por fim, resume sua situação da seguinte forma: “Diria que estou livre leve e solto para 2014”.
“Com a virada extraordinária que demos, com esse patrimônio consolidado, é natural que os partidos pensem em alternativas e propostas. Foi assim em 2010”, diz o senador, sobre a tese da unidade política para a reconstrução do Estado, construída no governo passado.
Portanto, o senador parece estar calibrando o discurso para a campanha, se houver condições para tanto. Ao dizer que está “livre, leve e solto”, ele parece dizer que pode ou não ser candidato, e pode ou não estar com o governador Renato Casagrande (PSB).
E hoje a impressão entre alguns de seus aliados é que ele não estará. Ferraço e seu grupo político consideram que o governo Casagrande nunca reconheceu o movimento do então vice-governador em 2010, que abriu mão da corrida ao Palácio Anchieta em favor do socialista.
Agora, respaldado pela votação histórica de 1,557 milhão de votos em 2010 e pela atuação no Senado, ele se sente à vontade para se colocar no páreo, já que não haveria mais compromissos com Casagrande. Agora se isso vai ocorrer de fato é outra história.
Até meados de 2014, Ferraço terá tempo para avaliar as condições da disputa. Enquanto isso, ele deverá tocar os movimentos em todo o Estado, e seguirá avaliando cenários com aliados fiéis com o ex-prefeito Sérgio Vidigal, o PDT. Em paralelo, o comando do PMDB abre conversas com o PSDB de Guerino Balestrassi. A esta altura já não dá para avaliar a disputa de 2014 sem considerar a hipótese de Ferraço colocar a candidatura na rua.
“Debater o Espírito Santo é música para meus ouvidos. Estou sempre pronto para cumprir missões relavantes para o Estado” - Ricardo Ferraço, senador
Entrevista
“Não faço política nem gestão com individualismo” - Ricardo Ferraço (PMDB), senador
Cotado para disputar o governo, senador Ricardo Ferraço fala sobre sua possível candidatura e comenta o fim da união de forças em favor do Estado. Confira:
O sr. será candidato ao governo do Estado?
Sou movido por desafios e resultados. Tenho recebido estímulo e motivação dos capixabas, de lideranças empresariais, políticas, comunitárias, de vários segmentos. Também tenho recebido estímulos da direção nacional do meu partido, inclusive do vice-presidente da República, Michel Temer. E a ideia de debater o Espírito Santo me anima. Também me anima debater soluções para desafios em áreas tão importantes como a infraestrutura, saúde, segurança, educação, debater caminhos e alternativas para o futuro. Mas só o tempo dirá se serei candidato e se o PMDB terá candidato. Há tempo para tudo, isso inclusive é bíblico.
O que deverá pesar para sua decisão?
Essa é uma construção coletiva e será conduzida pelo partido. Mas sempre serei um quadro disponível para missões relevantes para o Espírito Santo. Não é uma decisão individual minha, é compartilhada. Não faço política nem gestão com individualismo. Sempre tive capacidade de ouvir, de delegar. Diria que estou livre leve e solto para 2014.
Sua possível candidatura significa o fim da união de forças em favor do Estado?
O Estado passou por uma profunda crise em todos os sentidos e dimensões. Era um ambiente que facilitava a frente ampla, ela se fazia necessária para o enfrentamento dos desafios. Depois dessa reconstrução, o Espírito Santo é outro, está em melhores condições financeiras e econômicas, tem tudo para bombar. Deixamos o Estado nessa situação. Portanto, não mudei de opinião, a situação é que mudou. O Estado ainda tem problemas, mas as condições são infinitamente melhores do que quando assumimos em 2003.
Então a união de forças hoje não é mais necessária?
Contribuir para o debate político é importante. Não há crítica aqui nem ruptura. Meu mandato sempre foi e será comprometido com a defesa do Estado. Mas com a virada extraordinária que demos, com esse patrimônio consolidado, é natural que os partidos pensem em alternativas e propostas. Foi assim em 2010. Nunca me movi por interesse próprio por interesse particular. Foi assim em 2010, fizemos uma aliança, minha tarefa foi disputar o Senado e a população me deu a maior votação da história do Estado.
Praça Oito - A Gazeta
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