Mentor de acordo entre partidos da base aliada, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), confirmou que o blocão foi criado contra o avanço do PT na montagem do governo de Dilma Rousseff.
Questionado sobre a atuação do PT neste período de transição, Alves respondeu que "eles estão avançando muito pelos jornais". "Uma hora é fulano na Saúde, fulano nas Comunicações. Precisamos todos parar com isso."
O bloco conta com apoio de deputados de PR, PP, PTB e PSC, além do PMDB. O objetivo do grupo, que pode contar com 202 deputados na próxima legislatura, é não só angariar forças na montagem do governo, mas também na disputa por cargos de comando do Congresso.
Segundo Alves, o PT não foi chamado de início para participar do bloco por ser um partido "mais complexo, com vários segmentos". "Você não conversa com uma liderança que fale pelo PT unicamente", afirmou.
Alves argumentou ainda que o partido aliado não foi chamado pois Michel Temer (PMDB), vice-presidente eleito, está conversando diretamente com o presidente da legenda, José Eduardo Dutra e com José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da transição de governo.
CARGOS
Outra função do bloco, explicou o deputado, é ajudar o PTB e o PSC a conseguirem cargos no novo governo. "O PTB já teve [um ministério], mas perdeu. O PSC ganhou muitos deputados. Por isso o PMDB irá ajudá-los a ganhar seus espaços."
Apesar das críticas ao PT, Alves nega que o bloco tenha sido anunciado em tom de ameaça. "Seria infantilidade. A ideia é fazer um pacto entre nós", afirmou.
Fonte: Folha.com http://bit.ly/djStp4
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