domingo, 21 de novembro de 2010

NOVA AMEAÇA.

Um dos princípios básicos da democracia é a tolerância. Se alguém acha Fernando Collor ou José Sarney exemplos de ética, dê a eles seu voto e pronto. Se um grupo se reúne em torno de Levy Fidelix e monta um partido em torno da proposta do aerotrem, tudo bem, também. O país acaba de eleger Dilma Rousseff para a Presidência da República. Quem perdeu pode até discordar, mas o resultado das urnas deve ser respeitado. O problema está no entendimento de quem ganhou. Porque a vitória pode dar aos vencedores a impressão de terem recebido um cheque em branco. Essa é a impressão passada pelo Diretório Nacional do PT. Na resolução divulgada sexta-feira, o partido elenca quatro prioridades: erradicar a pobreza, reagir à crise cambial, fazer a reforma política e... democratizar os meios de comunicação.


Os três primeiros pontos não carregam nas tintas ideológicas. Ninguém pode ser contra a erradicação da pobreza, por exemplo. Mas o último é uma sopa de letrinhas onde se misturam autoritarismo e intolerância. Segundo o texto da resolução, o partido deve priorizar, com a sociedade, "um debate acerca do conservadorismo que se incrustou em setores da sociedade e dos meios de comunicação". Como diria Dilma Rousseff, o PT tergiversa, mas não consegue esconder a intenção de controlar a imprensa. Os petistas se arvoraram em árbitros da sociedade - decidem o certo e o errado. Quer ter noção mais clara do significado dessa proposta? Troque o partido e uma palavra da frase. No lugar do diretório do PT, pense ser esta uma resolução do DEM, vencedor de uma eleição qualquer no futuro. Troque "conservadorismo" por algo como "esquerdismo". Seria autoritário, não? Pois é...

Direito apedrejado

Na mesma semana do anúncio da resolução do diretório petista, o governo federal deu mais um passo na direção do obscurantismo no plano internacional. O Brasil se recusou a assinar uma resolução da ONU que pede o fim dos apedrejamentos no Irã. O Irã é um país amigo do governo - não do Brasl, é bom ressaltar -, e, portanto, sempre haverá justificativas para seus atos. Mesmo aqueles que firam direitos humanos básicos

Da Redação- A Gazeta.

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