Já existem fortes temores no mercado financeiro a respeito da saúde dos bancos brasileiros de porte médio, porque continuam insondáveis as verdadeiras dimensões do rombo no Banco PanAmericano.
O governo Lula meteu-se numa armadilha ao entrar de sócio no banco de Silvio Santos, ao autorizar a compra de 49% do seu controle por parte da Caixa Federal.
O governo Lula já tinha feito algo semelhante no caso do Banco Votorantim, mas neste caso a vítima foi o Banco do Brasil.
Na época, foram duas operações típicas de socorro a bancos privados. Eles receberam dinheiro público, mas seus donos privados prosseguiram fazendo e acontecendo. O governo decidiu intervir diretamente. No governo FHC, foi o Banco Central quem coordenou todo o programa do Proes.
Ao contrário do governo FHC, que percebeu o risco sistêmico oferecido pelos defaults do Banco da Bahia, Nacional e Bamerindus e criou o Proes, o governo do PT parece não se dar conta da gravidade do problema atual e tenta transferir dinheiro público para bancos privados em crise, sem mandar o Banco Central vasculhar e diagnosticar o alcance de tudo o que está acontecendo no sistema financeiro brasileiro.
Os problemas na banca internacional, com ênfase para Estados Unidos e Europa, inclusive com a quebradeira generalizada de bancos americanos, mostraram que a festa com créditos fáceis pode acabar mal. Nos EUA foi o caso dos créditos imobiliários, mas no Brasil o problema pode ter começado com os créditos consignados.
Os bancos brasileiros anunciam que criarão auto-regulamentação para administrar o trânsito de carteiras inteiras de créditos consignados. Isto é insuficiente.
Fonte: http://bit.ly/dMxTMO
Nenhum comentário:
Postar um comentário