Mais uma vez a eleição para a presidência do Senado promete ser das mais polêmicas. E o novo governo de Dilma Rousseff terá que conviver logo no primeiro mês com o desgaste da disputa entre aliados. Muitos deles polêmicos. Embora estivesse inicialmente de olho na vaga, o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), começou a articular a reeleição do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e não quer nem ouvir falar no rodízio que vem sendo defendido pelos peemedebistas da Câmara, pelo qual o partido poderia revezar com o PT o comando das duas Casas do Congresso Nacional.
Mas justamente esse assunto foi um dos temas da primeira reunião promovida pelo líder petista, Aloizio Mercadante (SP), entre os atuais e os futuros senadores do PT.
Renan chegou a fazer consultas sobre a viabilidade de uma nova candidatura sua à presidência da Casa. Mas foi desaconselhado por aliados que o alertaram para o risco de ver ressuscitadas as denúncias que o levaram a renunciar ao cargo em dezembro de 2007, sob acusação de ter tido despesas pessoais pagas por uma empreiteira.
Sarney já disse várias vezes publicamente que não está interessado em disputar a presidência do Senado pela quarta vez, mas ninguém leva muito a sério suas declarações. Aliás, foi com esse discurso que ele acabou conquistando o atual mandato, vencendo uma disputa com o senador Tião Viana (PT-AC).
Nos bastidores, seus aliados garantem que ele só estaria aguardando uma sinalização positiva de Dilma para assumir a condição de candidato.
Há quem acredite, porém, que a saúde frágil de Sarney - que enfrentou recentemente uma crise de arritmia cardíaca - possa inviabilizar os planos de Renan. Neste caso, o nome mais forte para a vaga seria o do senador Edison Lobão (PMDB-MA). O problema é que Lobão está mais interessado em garantir a renomeação para o cargo de ministro das Minas e Energia.
Petistas vão se reunir para discutir sucessão
A bancada petista deve se reunir na quinta-feira para começar a tratar de forma mais objetiva da sucessão no Senado, da composição Mesa Diretora e da reedição do bloco governista, que atualmente é formado pelo PT, PCdoB, PSB e PRB. Para garantir a primeira escolha para a presidência das comissões permanentes, PT tenta atrair o PDT. De olho nessa movimentação, o PMDB teria começado a negociar com o PTB a ampliação do bloco que compõe com o PP.
Fonte: http://bit.ly/cOxsqR
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