sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ENEM 2, o omissão.

O que está acontecendo com o Enem é absolutamente normal.


E nem podia ser diferente. O governo trabalhou duro, de sol a sol, para dar de presente aos brasileiros a eleição de Dilma Rousseff. Como se sabe, os ministros de Lula penduraram o paletó na cadeira e se jogaram na campanha.

Como poderia o ministro da Educação, lá do alto do palanque, enxergar probleminhas numa simples prova de ensino médio?

Vamos pensar grande. O ministro estava olhando para objetivos muito mais nobres, que têm a ver com o futuro do Brasil – e do cargo dele, que ninguém é de ferro.

Fernando Haddad ajudou a eleger Dilma. Contribuiu com seu suor para a permanência do PT no poder. O que o povo quer mais? Que o ministro da Educação, além de tudo, ainda cuide da credibilidade do Enem?

É esse pensamento pequeno-burguês que impede o Brasil de avançar.

O ministro está lá fazendo o trabalho dele, compenetrado nos altos conchavos para ficar mais quatro anos no governo, e vêm os eternos insatisfeitos incomodá-lo com papo de vestibular. O que essa juventude tem na cabeça?

De quebra, ainda estragaram o passeio do senhor Haddad a Moçambique. O ministro estava de malas prontas para embarcar noAeroLula, ao lado do chefe, e teve que ficar na aridez de Brasília, falando de Enem. Ninguém merece.

O pior é que toda essa discussão é inútil. De Moçambique, Lula já declarou que o Enem foi “um sucesso extraordinário”. Por que insistir no tema?

“Até hoje tem gente que não se conforma com o Enem”, afirmou Lula, explicando que há interessados em prejudicar a imagem do exame.

Mas a imagem do Enem está ótima. Os cartões de respostas com as questões trocadas deram até um charme especial à prova. Estava tudo muito careta. As inovações do módulo amarelo, que suprimiam algumas questões e repetiam outras, deram um tom revolucionário ao exame.

Essa gente conservadora não entende nada de revolução.

É disso que a juventude precisa. No momento crucial de sua vida estudantil, buscando vaga na universidade e projetando uma carreira, nada melhor do que dar de cara com uma prova bêbada. É relaxante.

Estão de parabéns o ministro Fernando Haddad e o governo do PT. Pelo segundo ano consecutivo, tiraram o Enem da monotonia. Depois do vazamento e da anulação em 2009, ninguém apostaria na reedição de tanta emoção.

Mas eles conseguiram. Com criatividade e muito suor derramado nos palanques. Ficar no gabinete cuidando de governar é coisa da direita.

Aos queixosos, que ficam no twitter criticando a prova confeccionada pelo Inep(to), o MEC já avisou que estão todos “sendo monitorados”.

É isso aí. Prendam e arrebentem essa garotada malcriada. Quem são eles perto dos 55 milhões de votos da Dilma?

gmfiuza

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