Index Librorum Prohibitorum
Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 5 de novembro de 2010.
“Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos. Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior”. (Ives Gandra da Silva Martins)
O Index Librorum Prohibitorum ou Index Librorvm Prohibithorvm (Lista dos Livros Proibidos) foi uma relação de publicações proibidas pela Igreja Católica de livros considerados perniciosos. O Governo Federal tenta reviver a figura do famigerado “Index” tentando proibir a leitura de um dos mais consagrados autores nacionais de literatura infantil.
- MEC pede reconsideração de veto a Monteiro Lobato
O Ministro da Educação solicitou ao CNE (Conselho Nacional de Educação) que reveja o parecer que recomendou que não fosse mais distribuído o livro de Monteiro Lobato, “Caçadas de Pedrinho”, nas escolas públicas.
- Radicais tentam vetar livro de Monteiro Lobato nas escolas públicas
“Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão”.
Seria hilário se não fosse trágico, a censura ressurge das trevas. O CNE chegou ao desplante de sugerir que o livro “Caçadas de Pedrinho”, distribuído pelo MEC (Ministério da Educação) para as escolas de ensino fundamental, não fosse mais adotado pela rede pública. O CNE alega que a obra tem forte conteúdo racista. O parecer baseia sua ridícula tese afirmando que a personagem Tia Nastácia é chamada, pelo autor, de “negra”, “tição”, “urubu” e “macaco”.
“Não vejo que Monteiro Lobato pinte Tia Nastácia com cores racistas. Ele tinha enorme carinho pela personagem. O livro tem que ser contextualizado em seu tempo histórico”. (Laura Padilha)
A pesquisadora Laura Padilha afirma que Monteiro Lobato não pretendia discriminar a personagem e apenas usava expressões da época. Laura cita outro exemplo do CNE: “Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens” e afirma: “Ele (Monteiro Lobato) realmente estava sendo preconceituoso? Contra os homens ou contra os macacos?”.
“Uma adaptação tiraria o cunho original da obra. Então, essas obras poderiam vir com um aviso. Mas o ideal é que não sejam mais publicadas”. (Marlene Lucas)
A radical militante do Movimento Negro do Distrito Federal, Marlene Lucas, é a favor da proibição do livro nas escolas e vocifera: “Tudo aquilo que agride a identidade das pessoas deve ser banido, seja de qual período for, independentemente da importância histórica e artística”. A pretensão de Marlene é mais radical ainda sendo a favor da retirada destas obras não só das escolas, mas do mercado nacional.
- Movimento Negro
“Impedir que um aluno brasileiro, de uma comunidade carente, tenha acesso a uma obra de Monteiro Lobato é errado. Em vez disso, os professores poderiam usar certas frases e expressões para discutir o racismo no Brasil". (Laura Padilha)
Os radicais do Movimento Negro perderam totalmente o bom censo. A sugestão, se necessária, seria a meu ver usar o livro, como sugere Laura Padilha, para promover discussões sobre preconceito. Os movimentos étnicos radicais tentam abrir feridas já cicatrizadas pelo tempo. Estes movimentos tentam a todo custo criar “guetos” num país em que a miscigenação foi exemplo para as demais desde que se lançaram os primeiros alicerces desta grande e bela nação. Criação de cotas, privilégios especiais pela cor ou raça contrariam a Constituição Federal.
- Índios
“Em 2000, um estudo do laboratório Gene, da Universidade Federal de Minas Gerais, causou espanto ao mostrar que 33% dos brasileiros que se consideravam brancos têm DNA mitocondrial vindo de mães índias. ‘Em outras palavras, embora desde 1500 o número de nativos no Brasil tenha se reduzido a 10% do original (de cerca de 3,5 milhões para 325 mil), o número de pessoas com DNA mitocondrial ameríndio aumentou mais de dez vezes’, escreveu o geneticista Sérgio Danilo Pena no ‘retrato molecular do Brasil’. Esses números sugerem que muitos índios largaram as aldeias e passaram a se considerar brasileiros”. [NARLOCH]
O artigo 231 da Constituição Federal estabelece que só deveriam ter direito às terras ocupadas em 5 de outubro de 1988. Interpretações à revelia da lei criaram a figura dos “tempos imemoriais” permitindo a demarcação de gigantescas reservas sem qualquer critério científico.
Somos um povo multirracial. Privilegiar alguns em detrimento de outros contraria a Constituição e a ordem natural das coisas. Estabelecer cotas para estudantes comprovadamente carentes eu concordo, o resto é pura hipocrisia.
Fonte: http://bit.ly/aWHx7t
Eu pensava que era europeu...recentemente fiz um desses testes de DNA para descobrir que meu DNA mitocondrial é INDIO! Agora eu quero minha parte. Quanto de terra e dinheiro eu terei de reparacao pelo meu bi-bi-bi-zavo ter faturado minha bi-bi-bizavo nativo americana??????????? EU QUERO A GRANA, E JÁ, E COM JUROS E CORRECAO! QUEM MANDA, ORAS!!
ResponderExcluirMuito bom o seu artigo!
ResponderExcluirPois é... Tiram Monteiro Lobato porque querem "Teresa que esperava as uvas" Lembram desse caso?http://www1.folha.uol.com.br/saber/781743-mec-envia-a-escolas-publicas-livro-que-narra-estupro.shtml