segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

COMIDA MAIS CARA.

Rogério Marinho defende reforma tributária para que os mais pobres não sejam penalizados pela inflação dos alimentos


O deputado Rogério Marinho (RN) afirmou nesta segunda-feira (27) que os brasileiros com menor poder aquisitivo são penalizados por causa dos altos impostos no Brasil. O tucano voltou a defender a reforma tributária para reverter essa situação. Com a disparada do preço dos alimentos, a inflação este ano teve um peso maior no bolso dos brasileiros mais pobres, que gastam um terço do que ganham com comida. Até novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que se refere às famílias com renda de um a seis salários mínimos, variou 5,83%. O resultado foi influenciado pelos preços dos produtos alimentícios, que subiram 9,59% em média.

“A inflação de alimentos penaliza sobretudo os mais frágeis economicamente e acontece em função da estrutura tributária arcaica e sobrecarregada que incide em cascata sobre os produtos primários. Só vamos poder contornar essa situação se o governo tomar a decisão política de fazer a reforma tributária. Mudança tão desejada e necessária para que o país possa crescer de forma sustentada a médio e longo prazos”, avaliou o parlamentar.

Segundo reportagem do “O Globo”, o alívio para os brasileiros de todas as faixas de renda, no entanto, não deverá chegar em 2011. Os preços internacionais dos alimentos estão próximos às máximas históricas registradas em junho de 2008, de acordo com informes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Na avaliação do economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, com os preços salgados, o comércio que vende alimentos já apresentou retrações nas vendas em novembro. “O impacto dos alimentos é muito maior entre os brasileiros de menor renda. É um impacto direto na veia e o governo deveria olhar mais atentamente para isso”, destacou em entrevista ao jornal.

Economista, Marinho alertou ainda para a guerra cambial que o país enfrenta devido à valorização do real. “A nossa moeda está supervalorizada, o que inibe a produtividade e cria dificuldades de comercialização dos nossos produtos. Isso porque que são produzidos aqui em real e vendidos em dólar lá fora”, explicou o deputado.

O parlamentar disse também que a próxima gestão do governo federal tem o desafio de solucionar esse problema e garantir o crescimento sustentável. “Uma série de fatores demonstra a necessidade de que tenhamos uma posição firme do Planalto. Isso só vai acontecer, caso o governo tenha coragem e a decisão política de fazer as reformas necessárias como a tributária, a previdenciária e a trabalhista”, declarou.

Fonte: http://bit.ly/gNGB4i

Um comentário:

  1. E o petralhas ainda dizem se preocupar com os pobres, certo então tá....

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