sábado, 25 de dezembro de 2010

O BALANÇO DO ANO.

Não parece, mas há nove meses o governador Paulo Hartung (PMDB) desistiu da disputa ao Senado e não renunciou ao mandato. Em seguida, em abril, foi a vez de o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) deixar a disputa ao governo dizendo-se "corroído pelo fogo amigo".


Do ponto de vista da política, o Estado atravessou situações de alta tensão, em ritmo frenético. Poucos momentos bastaram para revirar de ponta cabeça todo o quadro anterior.

Antes da campanha, por exemplo, quem imaginaria que o então pré-candidato isolado, sem alianças, Renato Casagrande (PSB) seria eleito com o apoio de 16 partidos, com 1,5 milhão de votos e o segundo maior percentual de votos válidos do país?

A sucessão de fatos da política foi impressionante, portanto. Reviravoltas eleitorais, renovação na política e declínio de lideranças tradicionais, punição e aposentadorias de juízes e desembargadores, novos escândalos: tudo isso ocorreu neste 2010, mas a sensação é de que o período de tempo foi bem maior.

E agora, se por um lado o final do ano nos reservou a farra dos aumentos salariais em Brasília e aqui, por outro trouxe a indicação da deputada federal Iriny Lopes (PT) para o ministério da presidente Dilma Rousseff.

Ao lado você confere a avaliação de alguns dos principais personagens e fatos políticos do Estado neste 2010 que já vai passando a faixa para o ano novo.

Em alta

Paulo Hartung. O primeiro governador reeleito do Estado termina o mandato de oito anos com a aprovação nas alturas, entregando pacotaços de obras e com as contas em ordem.

Renato Casagrande. De isolado e pressionado para deixar a disputa, ele sagrou-se governador liderando uma aliança de 16 partidos e com uma votação recorde.

Iriny Lopes. A deputada federal do PT será ministra no governo da presidente Dilma Rousseff.

Ricardo Ferraço, Audifax Barcelos e Rodney Miranda. Foram os campeões de votos, superando situações desfavoráveis anteriores.

César Colnago. Único tucano não abatido na eleição, elegeu-se deputado federal e agora vai reconstruir o PSDB.

Renovação. Os eleitores renovaram a bancada federal e a Assembleia Legislativa, e deram quase 278 mil votos ao até então desconhecido Professor Renato (PSOL). Alguns dos velhos figurões da política foram barrados.

Helder Salomão. Apesar das dificuldades de Cariacica, faz uma gestão exitosa, elegeu sua candidata e recebe prêmios nacionais.

Em baixa

Assembleia Legislativa e Congresso. As duas Casas aprovaram um vergonhoso aumento salarial de 61,8% para os parlamentares no apagar das luzes. O Congresso, aliás, seguiu protagonizando escândalos.

O clã Vidigal. O prefeito Sérgio e a deputada Sueli Vidigal (ambos do PDT) foram citados na Operação Em Nome do Filho, da Polícia Federal, e alvos de ação do Ministério Público.

Luiz Paulo Vellozo Lucas, Rita Camata e os Max. Tiveram uma eleição difícil, foram derrotados e saíram menores do que entraram.

Prefeituras. Algumas das maiores administrações do Estado, como Vitória e Serra, passaram o ano em perrengues financeiros.

STF. Na primeira votação sobre a Lei do Ficha Limpa, em setembro, os ministros bateram boca diante do país, decidiram não decidir e criaram uma situação de incerteza jurídica na eleição. Aliás, a lei quase foi desfigurada no Congresso.

Figurões. Ensaiaram um retorno à política, mas alguns não passaram no crivo das urnas e da Justiça.

Naufrágio. Parte dos envolvidos nas denuncias foi "punida" com aposentadoria e altos salários

Fonte: PRAÇA OITO. A GAZETA. http://bit.ly/gqHad5

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