sábado, 11 de dezembro de 2010

SR. TENÓRIO, SUA JOVEM COMPANHEIRA E O DOUTOR.

26 anos, casado com dois filhos, cabelos longos (no ombro) como ditava a moda da época, um ano de formado, foi assim que cheguei à Atílio Vivácqua, pequena cidade no sul do Espírito Santo em Janeiro de 1977. Depois de ter no Dr. Argeo seu médico e chefe político por 42 anos, o município estava há dois anos sem médico e sem o amparo daquele que recém-falecido tinha sido o responsável pela saúde de gerações e gerações do povo Atiliense.


Imaginem a minha imensa responsabilidade e a desconfiança de todos ao comparar o jovem médico com o médico do povo durante tanto tempo. Tive que matar um leão por dia, não foi fácil. Uma dos meus primeiros desafios foi atender o fazendeiro Tenório, um senhor já beirando os 75 anos que bateu à minha porta, numa noite chuvosa do verão daquele ano, lá pelas 11 horas da noite.

-Boa noite, pois não, em que posso servi-lo?

-Quero falar com o Dr.

-Pode falar, sou em mesmo, Marco Sobreira, muito prazer

Olhou pra mim de cima em baixo , fez uma cara de espanto e falou,

-Você é o médico?

-Sim Sr. O que está acontecendo?

-Preciso que o Sr vá até a minha casa, explico no caminho, estou de carro aí e depois mando trazer o Sr de volta.

-Só um minuto, vou apanhar minha maleta e já poderemos ir,

Entramos numa Rural Willys bem conservada, e mal começamos a andar, ele falou,

-Dr, é o seguinte, sou viúvo, morava sozinho até pouco tempo, mas arranjei uma companheira, sabe como é, ficar sozinho não dá...

-Tudo bem, mas qual o problema? indaguei,

-O problema é que ela tem 25 anos, veio pra minha companhia há uns 6 meses, moça da roça, humilde, filha de família muito pobre que em amparei e agora mora comigo, mas o caso é que, sabe como é, não consigo ter intimidade com ela porque está sempre com um sangramento...

-Comecei a mentalizar o que poderia estar acontecendo, sangramentos constantes? O que sería?

-Olhe seu Tenório, só posso emitir minha opinião depois de examina-la,

-Tudo bem Dr, estamos chegando,

Realmente morava perto da cidade, imaginei uns 5kms mais ou menos, me deparei com uma velha casa de fazenda, um empregado veio abrir a porteira, subimos uma escada de madeira que foi dar numa varanda. A casa era iluminada por lampiões, já que a energia elétrica ainda era um melhoramento (palavras dele) que ainda não tinha chegado à fazenda.

-Pode entrar Dr Marco, ela está no quarto dela, fique à vontade...

Estranhei o fato dela não estar no quarto de casal , mas não fiz comentários, entrei acompanhado do fazendeiro e avistei deitada numa cama de solteiro, uma bonita jovem, com certeza de origem italiana a julgar pela brancura de sua pele e antes que eu pudesse falar ela se dirigiu ao fazendeiro,

-Seu Tenório, o Sr pode me deixar a sós com o Dr?

Meio a contragosto ele saiu, fechou a porta, nos deixando a sós.

-Boa noite, como é seu nome? Perguntei

-Boa noite, meu nome é Geovana e pedi que fosse buscar o Sr.

-Pois não, o que está acontecendo?

A moça abaixou a cabeça, envergonhada e ficou por momentos em silêncio, então percebendo seu constrangimento, incentivei,

-Olhe, sou médico, não se preocupe, tudo que conversarmos aqui fica entre nós ok?

Após alguns segundos de exitação, ela falou,

-Dr, estou morrendo de vergonha, olhe, sou jovem, tenho minhas necessidades e o Sr Tenório me trouxe pra morar com ele, de vez em quando vem ao meu quarto e tenta ter relações comigo, às vezes consegue, mas na maioria das vezes, tenta, tenta, acaba por me irritar, porque não consegue e isso acabou me deixando com nojo dele, então inventei um jeito de evitar que ele fique me pertubando...

-Sim, encorajei que ela continuasse,

-Pois é Dr, o que faço é o seguinte, entorno mercúrio cromo na minha calcinha e quando ele vem, mostro e falo que estou menstruada, só que hoje, comecei a pensar no Toninho...

-Toninho?

-Toninho é um namorado que eu tinha lá na roça, de vez em quando, tarde da noite quando o Sr Tenório está ferrado no sono, ele pula a minha janela.

-Mas e daí?

-Pois é, comecei a pensar nele e fui esfregando o vidro de mercúrio cromo na minha , minha,,,

-vagina,

-Isso dr, só que de repente o vidro entrou e não consigo tirar, daí o meu desespero e o motivo porque pedi para chamar-lo,

Confesso que fiquei surpreso, jamais esperei que esse seria o problema da moça do Sr Tenório, procurei manter a calma e falei,

-Não se preocupe, vou ver o que posso fazer,

Abri a maleta, coloquei uma luva e lhe ordenei,

-Deite, abra as pernas , dobre os joelhos,

Introduzi dois dedos em sua vagina até localizar o vidro, que retirei sem maiores dificuldades, para alivio da Geovana, dei-lhe uns conselhos, prometi manter segredo e me despedi, receitando um medicamento qualquer que não me lembro mais , para justificar o argumento que iria usar com o fazendeiro.

Saí do quarto e dei de frente com o Sr. Tenório, preocupado.

Não se preocupe, está tudo bem, argumentei, apenas um distúrbio hormonal que está fazendo com que ela fique menstruada muito tempo, deixei a receita com ela, compre o remédio e tudo ficará bem. Me levou pra casa, pagou minha visita, virou cliente habitual.

Quanto à Geovana, após o falecimento do Sr. Tenório, casou-se com o Toninho, fui padrinho do casamento, tiveram dois filhos e foram felizes.

Quando penso nesse caso, fico imaginando, quantos problemas poderiam ser evitados se naquela época já se comprasse um vibrador em qualquer sexshop.

Histórias de um médico do interior.

5 comentários:

  1. Simplesmente adorei!!!! Qto ao conselho pra evitar problemas concordo plenamente. Toda mulher precisa de um... Quaquaraquaquá!!!!

    Coitado do Seu Tenório, além de ser enganado ainda ganhava chifres.... É, o que os olhos não veem o coração não sente!!!!

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  2. Gostei do relato e do comentário da Nadia!kkkkkkkkkkk

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  3. kkkkkkkkkk
    genial. e quem manda um sr de 75 querer tirar vantagem de moça pobre?
    e o pior que neste momento ainda há um monte de giovanas neste país de meu deus...

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  4. Muito bom! Ótimo contador de histórias. Concordo com o dr e com Nadia...kkkkkkk maravilha!!!

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  5. Excelente "causo"! E como não concordar com o comentários da Nadia e do Dr.

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