ADDIO, DONA MARISA.
Por Augusto Nunes
Unica ocupante do posto a ocupar um gabinete no Palácio do Planalto, Marisa Letícia Lula da Silva foi também a única que não dedicou um único minuto aos programas sociais do governo. Jamais se soube o que fez dentro da sala, só o que fazia ao sair dali: entrava sem bater no gabinete presidencial, dizia que já era tarde e arrastava o marido para casa.
As raras anotações na folha de serviços informam que Marisa Letícia não conseguiu plantar no jardim do Palácio da Alvorada a estrela de sálvias que reproduzia o símbolo do PT, mas conseguiu instalar um galinheiro na Granja do Torto e também conseguiu a cidadania italiana. Que manejou o cartão corporativo como poucas e viajou como nenhuma outra primeira-dama, mas não sabe direito onde gastou nem onde esteve.
Que obrigou o prefeito Eduardo Paes a escrever uma carta pedindo desculpas por ter ofendido a Primeira Família, mas ninguém ainda conseguiu obrigá-la a entregar ao patrimônio da União aquelas joias que ganhou num passeio pelos Emirados Árabes.
As anotações informam ainda que foi condecorada ninguém sabe por quais motivos e que mudou de rosto, mas não de temperamento: de janeiro de 2003 até agora, guardou para dar palpites em casa a voz que raramente usou em público.
Fez três discursos sobre temas distintos. Tudo somado, falou pouco mais de um minuto. Não disse rigorosamente nada.
Marisa Letícia Lula da Silva será lembrada por ter ilustrado exemplarmente uma lição antiga: existe a ausência que preenche uma lacuna."A Marisa está se dedicando exclusivamente à trabalheira que dá a mudança para São Bernardo”, acaba de avisar o presidente Lula, encerrando oficiosamente o segundo mandato da primeira-dama.
Que triste! Perdeu oportunidade única de mostrar ao mundo o que uma mulher inteligente é capaz de fazer... Que saudades da dona Rute. Aquela sim, mulher de fibra, preocupada com a educação e saúde do seu povo....
ResponderExcluirEla é uma mulher objeto.
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