Tenho um amigo psicanalista que, a exemplo de todos os psicanalistas (que eu saiba ao menos), se nega a tratar de psicopatas. Não seria fascinante? “Fascinante talvez, certamente perigoso e, acima de tudo, inútil”. Por mais estropiada que seja a cabeça de um sujeito, ele tem certo senso de moralidade, que lhe impõe limites: “Isso, eu não faço”. O psicopata não! É certo o que lhe convém.
Lula não deve ser um psicopata clínico. Acho que não. Mas é beneficiário da psicopatia política. E, por isso mesmo, precisa ser visto com olhos menos convencionais. Quando inventou a fantasia da “herança maldita”, estava assinando um seguro: “Se der tudo errado, culpo FHC; se der tudo certo, dirão que sou Pelé, Picasso, Mozart — eu mesmo direi que sou Jesus Cristo, mas não o que vai pra cruz, e sim o que vai pra farra”.
Hoje, ele voltou a afirmar que, à diferença dele, Dilma está recebendo uma herança bendita — ela própria, neófita, já se saiu com essa. Pensemos: se der tudo certo, o responsável será Lula; se der tudo errado, a culpada será Dilma, e Dom Sebastião pode se oferecer em 2014 para arrumar as coisas.
No fim das contas, nas formulações de Lula, nem FHC nem Dilma existem. O psicopata político engole as biografias alheias em benefício de sua lenda pessoal.
Não tem tratamento nem cura, me diz aquele amigo.
Por Reinaldo Azevedo
EXCELENTE, PARABÉNS!O PIOR QUE MUITOS APLAUDEM SUAS LOUCURAS E OUTROS AINDA ACREDITAM QUE ELE PARA POR AQUI.
ResponderExcluirCLAUDIA LABANCA